Quem nunca ouviu falar da importância das proteínas para a
manutenção da saúde, ganho de massa muscular e melhora do desempenho nas
atividades físicas?
Com certeza elas são fundamentais para tudo isso, mas na
verdade elas participam de diversas outras funções em nosso organismo e por esse
motivo hoje vamos falar um pouquinho mais sobre elas.
As proteínas são macromoléculas formadas através da ligação
de pelo menos três aminoácidos. Os aminoácidos por sua vez são moléculas menores que podem ser classificadas em essenciais (não são produzidos pelo organismo por
isso devem ser obtidos através da alimentação) e os não-essenciais (os quais o
organismo consegue produzir caso exista necessidade). A sequência em que os
aminoácidos estão dispostos é o que determina qual a função que as proteínas
terão no nosso organismo.
Elas são popularmente conhecidas por sua função
construtora e reparadora, mas na verdade é uma das substâncias mais importantes
do organismo, já que estão diretamente envolvidas em diversas reações no nosso
organismo, estando diretamente relacionadas com quase tudo que ocorre nas
células. Além das funções citadas anteriormente as proteínas também são responsáveis
por: dar estrutura aos tecidos, regular a
atividade de órgãos (através de hormônios), participar do processo imunológico
(através dos anticorpos), acelerar todas as reações químicas ocorridas nas
células (pelas enzimas), atuar no transporte de gases (pela hemoglobina) e atuar
na contração muscular. Com estes poucos exemplos, já se pode ter uma ideia
do quanto elas são indispensáveis ao nosso organismo.
É muito interessante saber que toda essa variedade de proteínas é
formada pelo mesmo grupo de 20 aminoácidos. Quando ingerimos proteínas, elas são quebradas durante o
processo de digestão, e posteriormente, absorvidas pelas nossas células, que
novamente as quebram, transformando-as em aminoácidos. Os aminoácidos se
reorganizam em novas proteínas de acordo com a necessidade do organismo. Por
exemplo, se estamos doentes, as proteínas que ingerimos irão se destinar ao
sistema imunológico, mas se estamos precisando reconstruir os nossos músculos,
as proteínas serão destinadas pra este fim.
As proteínas ingeridas podem ser de origem vegetal ou animal.
As de origem vegetal são consideradas incompletas, por serem pobres em
variedade de aminoácidos essenciais (aqueles que o corpo não é capaz de
produzir). Já a proteína de origem animal, é considerada completa por conter
todos os aminoácidos essenciais.
Os
alimentos ricos em proteínas vegetais são as leguminosas como feijão, e os cereais como o arroz, por exemplo. No entanto,
estes precisam ser combinados para que a união dos seus aminoácidos formem proteínas de boa qualidade, como nos exemplos que citamos a seguir:
- Arroz e o feijão
(qualquer tipo);
- Lentilhas e trigo
sarraceno;
- Quinoa e milho;
- Arroz integral e
ervilhas vermelhas.
O consumo dos alimentos ricos em proteína de origem vegetal é muito importante para quem é vegetariano, porque estes alimentos garantem o crescimento dos tecidos, cabelos e unhas.
Alimentos ricos em proteína animal:
Alimentos
|
Proteína animal
por 100 g
|
Carne de frango
|
32,8 g
|
Carne de vaca
|
26,4 g
|
Queijo
|
26 g
|
Salmão
|
23,8 g
|
Pescada
|
19,2 g
|
Ovo
|
13 g
|
Iogurte
|
4,1 g
|
Leite
|
3,3 g
|
Alimentos ricos em proteína vegetal:
Alimentos
|
Proteína vegetal
por 100 g
|
Soja
|
12,5 g
|
Quinoa
|
12,0 g
|
Trigo sarraceno
|
11,0 g
|
Millhete
|
11,8 g
|
Lentilhas
|
9,1 g
|
Tofu
|
8,5 g
|
Feijão
|
6,6 g
|
Ervilhas
|
6,2 g
|
Arroz cozido
|
2,5 g
|
Para
uma alimentação mais saudável é importante sempre dar preferência aos alimentos ricos em
proteína magra, ou seja, alimentos ricos em proteína e com baixa quantidade de gordura, como por exemplo:
- Alimentos ricos em
proteína de origem vegetal como feijão, grão, favas, lentilhas ou
ervilhas.
- Alimentos ricos em proteína de origem animal com pouca gordura como frango e peru sem pele, clara de ovo e peixes magros como a pescada.
A
alimentação rica em proteína ajuda no ganho de massa muscular e acelerar a
queima da gordura. A
atividade física é considerada um estresse para o organismo, isto porque
durante o exercício acontecem microlesões nas fibras musculares e elas precisam
se reconstruir. A cada reconstrução são formadas células novas e o músculo
aumenta de volume, ou seja, “cresce”. Por isso o consumo de proteínas é tão importante
após o treino, elas ajudam a evitar lesões mais sérias e ajudam os músculos a
se recuperarem melhor.
Aí vem aquela dúvida de sempre. Suplementar ou não suplementar?
Isso
vai variar muito de acordo do metabolismo, das necessidades energéticas, e das atividades executadas, assim como o seu tempo de execução. Por exemplo, normalmente os exercícios de força exigem maior consumo de proteínas do que os de resistência. Mas não existem fórmulas mágicas, padronizadas, nem nada pré-moldado, cada indivíduo (como o próprio nome já diz) tem uma necessidade diferente. A suplementação
de proteínas só é recomendada nos casos em que o praticante de atividade física
não consegue atingir, através da alimentação, a quantidade adequada desse
nutriente.
Não
adianta consumir proteína em excesso achando que o músculo vai absorver tudo e
irá aumentar sua massa muscular ou melhorar seu desempenho físico. Há um limite
para absorção e armazenamento das proteínas, então o que você consumir em
excesso será eliminado através da urina e das fezes. O que determina o tamanho
dos músculos é o treino específico e a genética.
Os
órgãos que mais sofrem nesse processo são os rins e o fígado pois acabam
sobrecarregados com essa quantidade exagerada e desnecessária de proteína
ingerida e metabolizada.
Os rins têm que funcionar com força total para dar
conta de filtrar o sangue e eliminar o excesso de ureia, amônia e outros
compostos (que são o resultado da metabolização dos aminoácidos) pela urina. Isso
irá sobrecarrega-lo impedindo que ele faça suas outras funções de maneira
correta. Esse processo também pode acarretar uma perda óssea de cálcio.
O
fígado é o órgão responsável pela metabolização dos aminoácidos e o excesso
destas substâncias pode sobrecarrega-lo fazendo com que ele não exerça
corretamente as suas outras funções, como a desintoxicação do organismo, por
exemplo. Sendo assim algumas substâncias tóxicas se acumulariam no organismo
prejudicando a saúde. Além disso ele precisa transformar os aminoácidos em algo
que poderá ser aproveitado pelo organismo, e pasmem, os mesmos podem ser transformados
em GORDURA, para posteriormente serem utilizados como fonte de energia.
Tudo
que é relacionado a alimentação e a inclusão de nutrientes na rotina diária não
produz efeitos a curto prazo, só podemos perceber o que ele causou – negativo
ou positivo - após algum tempo. Os danos
em fígado e rins acontecem com o consumo de doses elevadas de proteínas ao logo
de muitos anos. Normalmente jovens não terão os problemas citados quando jovens,
mas sim quando forem adultos e até mesmo idosos.
As
proteínas que contribuem hoje para a definição muscular (e elas realmente
contribuem!) podem estar prejudicando sua saúde “em passos de formiga” e as
consequências serão sentidas a longo prazo. Com certeza pessoas que praticam
atividade física estão preocupadas, além da estética, com a sua saúde.
Ou
seja, em hipótese nenhuma tome qualquer suplemento sem orientação de um
profissional qualificado. Não siga modinhas, dicas de balconistas de lojas de
suplementos, educadores físicos, etc. O único profissional habilitado e
qualificado para analisar sua rotina e alimentação, para saber se é ou não
necessário a utilização de um suplemento, é o NUTRICIONISTA. Não coloque seu
organismo e sua saúde em risco por uma simples vaidade!
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