Graças ao efeito antiinflamatório de alguns alimentos, muitas pessoas melhoram dos sintomas da artrite, necessitando ingerir menos medicamentos e conseguindo uma melhor qualidade de vida. Atum e salmão são dois bons exemplos de alimentos com efeito antiinflamatório. Quanto aos antioxidantes, não são apenas os pacientes com artrite que precisam deles. Pesquisadores acreditam que a inflamação contribui para o desenvolvimento de doenças cardíacas, câncer, doença de Alzheimer e o diabetes tipo 2, e que as substâncias antiinflamatórias encontradas nos alimentos podem combater estas doenças. Para consumir estes alimentos, não é necessário mudar radicalmente a sua dieta alimentar. Experimente, por exemplo, consumir mais peixe. A inflamação nem sempre tem aspectos negativos. Um ferimento fica avermelhado e inchado porque o organismo recruta leucócitos que combatem a infecção e aumentam o fluxo de sangue rico em oxigênio, para facilitar a cicatrização. Mas alguns processos inflamatórios indesejáveis resultam de lesões menos relevantes, como a oxidação das células que constituem as paredes dos vasos sangüíneos.
Os antioxidantes podem ajudar a evitar estas lesões. Mas quando são insuficientes, os antiinflamatórios são necessários. Caso contrário, a tentativa do organismo de reparar suas lesões pode levar a uma inflamação crônica, que ataca lentamente os tecidos saudáveis das articulações, das artérias e de todo o sistema nervoso. Entre os alimentos com maior ação antiinflamatória se destacam os ácidos graxos ômega-3, encontrados em grande quantidade nos peixes. No organismo, estes ácidos são convertidos em substâncias semelhantes aos hormônios, que reduzem inflamações. Os poliinsaturados ômega-6 encontrados no óleo de milho favorecem a inflamação. Os ômega-6 e ômega-3 formam uma espécie de yin e yang, que devem ser mantidos em equilíbrio. O consumo de quantidades equivalentes dos dois alimentos permite manter os processos inflamatórios em equilíbrio, entretanto, a maioria das pessoas ingere cerca de 20 vezes mais alimentos com ômega-6 do que com ômega-3. Alimentos industrializados, produzidos com óleo de milho ou girassol, ricos em ácidos graxos ômega-6, são apontados como culpados. Por outro lado, as pessoas preferem não consumir alimentos ricos em ômega-3, como o óleo de canola, nozes, espinafre e repolho. A aspirina e o ibuprofeno interferem no processo com enzimas que contribuem para as propriedades inflamatórias dos alimentos que contém ômega-6. Alguns alimentos podem atuar de forma semelhante. Um grupo de pesquisadores da Michigan State University realizou alguns experimentos para demonstrar que o extrato de cereja pode impedir dez vezes mais a formação de alguns agentes inflamatórios do que a aspirina. Seus achados estimularam a ingestão de suco de cereja entre pacientes com artrite. Em outra pesquisa recente, ficou comprovado que a amora, o morango e a framboesa produzem efeitos semelhantes. Outra forma de combater a inflamação é fortalecer os mecanismos de reparo do organismo. Um grupo de pesquisadores de Boston mediu a concentração de substâncias denominadas "proteínas de choque" no cérebro humano. Imagine-as como a fita adesiva do organismo - elas ajudam a reparar lesões celulares causadas pelo estresse oxidativo, inflamação e excesso de toxinas. Na medida em que você envelhece, produz menores quantidades destas proteínas protetoras. O estudo demonstrou que dietas ricas em arando combatem essa condição em ratos, que responderam aos processos inflamatórios da mesma forma que animais mais jovens. A maioria das frutas e verduras, principalmente as coloridas, parece inibir inflamações graças à presença de fitossubstâncias como a bromelaína,encontrada no abacaxi, e a quercetina, encontrada na maçã e na cebola. Vegetais como o tomate contêm cerca de 20 compostos com ação anti- inflamatória. Frutas, verduras, peixes e grãos integrais - são sempre os alimentos defendidos pelos nutricionistas há vários anos. Por outro lado, dietas ricas em açúcar, farinha refinada e óleos vegetais parcialmente hidrogenados, bem como a obesidade, aumentam o risco de inflamações. A ingestão de alimentos com ação antiinflamatória pode ser uma das melhores coisas que se pode fazer por você mesmo.
Azeite de oliva extravirgem: além de ter propriedades antiinflamatórias, é essencial para a absorção dos antioxidantes antiinflamatórios presentes nas verduras. Porção : 1 colher de sopa de azeite por dia. Aveia: suas fibras ajudam a reduzir o açúcar no sangue e, por isso, é um cereal aliado no processo antiinflamatório. Porção : 2 colheres de sopa de farelo de aveia. Brócolis: contêm fitonutrientes que potencializam os sistemas antioxidantes de defesa do organismo. Porção : ½ xícara de chá por dia. Chá verde: tem substâncias antioxidantes (as catequinas), além de ações termogênica (acelera o metabolismo) e oxidativa das gorduras (evita a absorção da gordura). Os estudos ainda mostram que o chá verde diminui o açúcar no sangue. Porção : 5 xícaras de chá por dia. Frutas vermelhas: são as queridinhas nesta dieta. Carregam uma quantidade enorme de antocianinas, substâncias antioxidantes com poder antiinflamatório. Opções: ameixa, amora, morango, açaí, acerola, framboesa, goiaba vermelha. Porção: 1 xícara de chá por dia. Iogurte: os probióticos, com lactobacilos vivos que facilitam a digestão e o funcionamento do intestino, estimulam a produção de substâncias antiinflamatórias. Peixes: o salmão é campeão em DMAE, substância fundamental para manter a pele firme e evitar rugas. Também é fonte de ômega 3, ácido graxo que combate os radicais livres e é antiinflamatório. Outros peixes também são bem vindos. Porção : 2 filés por semana ou 2 cápsulas por dia de óleo de peixe. Semente de linhaça: tem ômega 3 e uma turma de antioxidantes. Vale ressaltar a vitamina E, que contribui para a renovação celular e, por isso, adia o envelhecimento. Gergelim, castanhas e outras oleaginosas, ricas em gordura do bem, também entram na lista dos alimentos antiinflamatórios. Porção: 2 colheres de sopa por dia. Soja: o grão cozido, torrado ou fermentado (missô) é rico em isoflavonas – fito- hormônios que inibem a produção de substâncias inflamatórias. Na forma de iogurte, leite ou queijo (tofu), essa leguminosa é uma boa fonte de proteína – importante para a manutenção da massa magra, que faz o corpo queimar mais calorias, mesmo quando você está parada. Porção : 2 colheres de sopa do grão por dia (ou 1 copo do iogurte ou leite de soja).
RECEITAS COM ALIMENTOS ANTIINFLAMATÓRIOS:
Salmão com amêndoa
Ingredientes:
• 4 postas médias de salmão
Salmão com amêndoa
Ingredientes:
• 4 postas médias de salmão
• 1 col. (sopa) de suco de limão
• ½ taça de vinho branco seco
• 2 dentes de alho amassados
• 1 col. (chá) de sal
• 8 amêndoas em lâminas sem sal
Tempere o salmão com o limão, o vinho, o alho e o sal. Deixe descansar por 30
minutos. Coloque o salmão e o tempero um pedaço de papel alumínio. Dobre
as pontas do papel formando um envelope. Leve ao forno médio preaquecido
por 30 minutos. Abra o envelope, salpique a amêndoa e mantenha no forno até
dourar. Sirva em seguir. Rende: 4 porções Calorias por porção: 219
Sopa de lentilha com legumes
Ingredientes:
• 10 col. (sopa) de lentilha seca
• 1 talo de salsão
• 2 dentes de alho
• 1 cebola pequena
• 1 col. (chá) de sal
• 1 col. (sopa) de azeite de oliva
• 1 litro de água
• 1 cenoura cortada em cubos
• 1 prato (mesa) de acelga
Cozinhe a lentilha, o salsão o alho, a cebola e o sal até ficarem macias. Quando
esfriar, bata no liquidificador. Retorne o caldo ao fogo baixo, acrescente a
cenoura cortada em cubos e, após 5 minutos, junte a acelga. Mantenha por
alguns minutos em fogo brando. Retirar do fogo, misture o azeite e sirva.
Rende: 4 porções Calorias por porção: 181
Suco Desintoxicante
Ingredientes:
• ½ fatia de abacaxi
• ¼ de maçã vermelha sem a casca
• 1 pedaço pequeno de gengibre fresco
• ½ copo (100 ml) de água de coco
• 1 colher (sopa) de suco de limão
• 1 col. (sopa) de hortelão fresca
• 4 cubos de gelo
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Sirva a seguir. Rende: 1 porção Calorias por porção: 82
Fonte: Elisabete Fernandes Almeida